Activities per year
Abstract
Nesta palestra Rosa questiona o lugar que a produção cultural Brasileira ocupa no exterior, dentro do contexto da dança. Na primeira parte, Rosa traça um breve panorama histórico da dança na Europa e nos Estados Unidos no século XX, tanto quanto forma artística como disciplina acadêmica. De um lado, ela propõe, a dança tem rompido varias barreiras, desde da expansão das formas de dançar e de coreografar (muito além do balé clássico e de suas narrativas românticas) até o seu entendimento como um campo de produção de conhecimento (além de ser objeto de estudo ou de consumo). Apesar desses avanços, Rosa afirma que, por outro lado, tanto o mundo acadêmico quanto o artístico do Norte Global não se desatrelou completamente do arcabouço eurocêntrico estabelecido na era colonial e aperfeiçoado durante o Imperialismos Britânico e Norte Americano. Ou seja, a dança desenvolveu-se ao longo do século XX a partir de uma linha abissal moderna (Sousa Santos 2007) que gerou dois arquivos diferenciados. Segundo Marta Savigliano (2011), o chamado Arquivo Dança-Arte tem se dedicado largamente a colecionar produções que foram criadas ou que ganham visibilidade dentro do Norte Global, em sua maioria aliadas a uma ótica ou estética eurocêntrica (clássica, moderna, pós-moderna, ou contemporânea). Em contrapartida, todos os outros tipos e formas de dançar que existem pelo mundo afora tem sido historicamente colecionado dentro do Arquivo Dança-Antropologia. Enquanto o primeiro é organizado a partir da inovação artística de obras autorais e de suas relevâncias estéticas, o segundo agrupa formas a partir da relevância social e da autenticidade de suas praticas e processos de caráter coletivo. Aqui estão a dança étnica, folclórica, e mais recentemente, o que se denomina nos Estados Unidos de “World Dance”. Na segunda parte, Rosa discute as implicações desse cenário descrito acima para o reconhecimento e circulação das danças produzidas no Brasil, um pais onde as elites tem sustentado tendências eurocêntricas apesar da maioria da população se identificar como Afrodescendente. Como se pode imaginar, as danças conectadas `as matrizes africanas e Ameríndias no Brasil foram historicamente catalogadas no exterior quase que exclusivamente dentro do Arquivo Dança-Antropologia. Sendo assim, a valorização artística dessas formas, e de seus criadores, tem sido minimizada ou desprezadas. Mais adiante, Rosa aponta para os questionamentos que começaram a acontecer a partir do surgimento dos estudos críticos de dança ao final do século XX, tanto no Brasil como lá fora, e das transformações a partir da infiltração de artistas e acadêmicos de varias partes do mundo (e de formações artístico-culturais diversas) dentro do hermético Arquivo Dança-Arte. Em
particular, Rosa cita exemplos de pioneiros nacionais e internacionais, e outros mais recentes, cujos trabalhos permeiam ou trazes nova luz sobre a relevância da estética AfroBrasileira e seus produtores de conhecimento artístico. Em sua conclusão, Rosa nomeia alguns pontos que ainda estão por ser alcançado e indica novos roteiros a serem traçados para que se
particular, Rosa cita exemplos de pioneiros nacionais e internacionais, e outros mais recentes, cujos trabalhos permeiam ou trazes nova luz sobre a relevância da estética AfroBrasileira e seus produtores de conhecimento artístico. Em sua conclusão, Rosa nomeia alguns pontos que ainda estão por ser alcançado e indica novos roteiros a serem traçados para que se
Translated title of the contribution | EBBS and flows of the geopolitcs of the production of knowledge in dance |
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Original language | Portuguese |
Title of host publication | trans-in-corporados vol. 1 |
ISBN (Electronic) | 978-85-54832-01-8 |
Publication status | Published - 2018 |
Activities
- 1 Oral presentation for an academic audience
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Heranças e Diásporas Afro-ameríndias nos Estudos de Danças Brasileiras nos EUA e na Europa: Fluxos e Refluxos
Fernandes Rosa, C. (Speaker)
10 Nov 2017 → 11 Nov 2017Activity: Talk or presentation for an academic audience › Oral presentation for an academic audience